O que é produtividade?

Simplificando, a produtividade mede a quantidade de valor criado para cada hora que é trabalhada em uma sociedade.

Você provavelmente sabe que a quantidade de trabalho que pode realizar em um dia é sua taxa de produtividade. Produtividade em economia é praticamente o mesmo que produtividade em sua mesa. Mas para empresas ou mesmo países, medir a produtividade é um pouco mais complexo do que o quão bem você conseguiu fazer uma videochamada com o barulho da construção na rua ou o miado incessante do seu gato.

Em escala nacional, a produtividade pode significar a diferença entre padrões de vida bons e não tão bons. Para uma empresa, a produtividade pode determinar se ela pode aumentar os salários de seus funcionários ou até mesmo se pode continuar operando. A produtividade estagnada ou contraída pode significar sérios problemas futuros para indivíduos, organizações e nações.

Entender o que é produtividade econômica e como ela funciona é fundamental para trabalhar para mantê-la e aumentá-la. Aqui, vamos mergulhar fundo na teoria e na prática da produtividade.

Quais são os diferentes tipos de produtividade?

Já abordamos a produtividade do trabalho. Em escala nacional, a produtividade do trabalho é frequentemente calculada como uma proporção do PIB pelo total de horas trabalhadas. Portanto, se o PIB de um país fosse de US$ 1 trilhão e seu povo trabalhasse 20 bilhões de horas para criar esse valor, a produtividade do trabalho do país seria de US$ 50 por hora. O crescimento da produtividade do trabalho é crucial para aumentar os salários e os padrões de vida e ajuda a aumentar o poder de compra dos consumidores.

Os economistas também medem outros tipos de produtividade. A produtividade de capital é uma medida de quão bem o capital físico – como imóveis, equipamentos e estoques – é usado para gerar produtos, como bens e serviços. (A produtividade do capital e a produtividade do trabalho são frequentemente consideradas juntas como um indicador do padrão de vida geral de um país.) E a produtividade total dos fatores é a parcela do crescimento da produção não explicada pelo crescimento do trabalho ou do capital. Você poderia chamar esse tipo de produtividade de “crescimento liderado pela inovação”.

Por que o crescimento da produtividade está diminuindo nos países avançados?

Nos Estados Unidos e na Europa Ocidental, o crescimento da produtividade do trabalho vem diminuindo desde um boom na década de 1960. A história é um pouco diferente em cada país. Nos Estados Unidos e na Suécia, por exemplo, houve um forte crescimento da produtividade de meados da década de 1990 até o início dos anos 2000, seguido pelo maior declínio no crescimento da produtividade entre os países pesquisados (devido aos efeitos colaterais da crise financeira e à incerteza). Na Itália e na Espanha, no entanto, o crescimento da produtividade esteve próximo de zero durante anos antes da crise financeira de 2008, o que significa que a forte contração no mercado de trabalho após a crise realmente acelerou o crescimento da produtividade.

O desenvolvimento tecnológico não teve o efeito de aumento na produtividade do trabalho que teve no passado. Para alguns analistas, esse estado de coisas parece um reaparecimento do Paradoxo de Solow da década de 1980, batizado em homenagem ao economista Robert Solow, que observou em 1987 que o ímpeto crescente da era do computador não se refletia nas estatísticas de produtividade. O Paradoxo de Solow original foi resolvido na década de 1990, quando alguns setores — tecnologia, varejo e atacado — lideraram uma aceleração do crescimento da produtividade nos Estados Unidos. Resta saber quando – ou se – o atual paradoxo da produtividade será resolvido.

Então, por que isso está acontecendo?

Alguns economistas acham que é uma questão impulsionada pela oferta. Na prática, isso pode significar uma de algumas coisas: ou a digitalização ainda não atingiu todo o seu potencial ou a era da grande inovação já passou e os frutos mais fáceis já foram colhidos. Outra linha de pensamento é que as economias desenvolvidas estão cada vez mais voltadas para serviços, que por natureza têm menor potencial de crescimento de produtividade (professores, por exemplo, levam hoje o mesmo tempo para corrigir um trabalho do que em 1966, ou enfermeiros a mesmo quantidade de tempo para trocar um curativo). Além do mais, décadas de excesso de capacidade industrial mataram o motor do crescimento da manufatura e nenhuma alternativa foi encontrada – muito menos nas atividades de baixa produtividade que compõem o setor de serviços.

Outros economistas acreditam que o paradoxo da produtividade é uma questão impulsionada pela demanda, o que significa que as famílias têm menor propensão a consumir devido às crises financeiras de 2008 e 2010 e às consequentes políticas de austeridade. Combinado com o aumento das desigualdades, isso leva a uma renda mais baixa para as famílias com maior propensão a consumir. Isso leva a uma menor demanda agregada, o que, por sua vez, causa uma oferta mais estagnada porque há menos incentivo para as empresas inovarem, investirem e assumirem riscos.

E a produtividade do trabalho no Brasil?

Com o fim do bônus demográfico, a única forma de aumentar a renda per capita e gerar crescimento sustentável no Brasil nas próximas décadas será por meio da elevação da produtividade do trabalho. Por isso, discussões sobre o tema de produtividade ganham cada vez mais importância.

Em geral, a literatura de produtividade utiliza a população ocupada como medida do fator trabalho. No entanto, isso não leva em consideração a tendência observada em diversos países, inclusive no Brasil, de redução da jornada de trabalho. Em consequência disso, o crescimento do fator trabalho pode estar sendo superestimado quando se usa o número de pessoas empregadas, o que, por sua vez, resulta em um cálculo subestimado do aumento da produtividade. Diante deste contexto, os resultados apresentados neste texto utilizarão como medida do fator trabalho o total de horas trabalhadas na economia.

O Gráfico 1 mostra a evolução da produtividade por hora trabalhada no Brasil para o agregado da economia e os três grandes setores (agropecuária, indústria e serviços) desde meados da década de 1990.

Fonte: Elaboração do Observatório da Produtividade Regis Bonelli com base nos dados das Contas Nacionais, Pnad e Pnad Contínua.

O único setor que apresentou crescimento robusto desde 1995 foi a agropecuária. Entre 1995 e 2021, o crescimento médio da produtividade por hora trabalhada deste setor foi de 5,6% a.a. (Tabela 1). Ao longo do período analisado, o maior crescimento da produtividade da agropecuária ocorreu no período 2007-2014 (7,5% a.a.). Analisando seu comportamento durante a pandemia, podemos observar que, após crescimento de 6,1% em 2020, houve uma queda de 9,5% na produtividade por hora trabalhada deste setor em 2021.

A queda na produtividade da agropecuária em 2021 também ocorreu em vários outros setores da economia, sugerindo, assim, que os ganhos obtidos em 2020 foram temporários, sendo revertidos em 2021.

Como reverter esse quadro?

A Indústria 4.0 é uma revolução que está transformando a maneira como as empresas produzem, criam valor e se relacionam com seus clientes.

A aceleração do aumento de produtividade e a redução de custos com a indústria 4.0 é impulsionada por avanços tecnológicos em áreas como automação, robótica, inteligência artificial, análise de dados, Internet das Coisas (IoT), entre outras.

Os benefícios do movimento são muitos e afetam todos os aspectos da cadeia de valor, sendo que a adoção das ferramentas e dos recursos que envolvem a Indústria 4.0 ajudarão você a fazer mais com menos.

Isso significa um processo de produção mais rápido que usa menos matérias-primas e recursos de produção para fabricar mais, mantendo os custos baixos. Continue a leitura e entenda!

Produtividade e redução de custos na Indústria 4.0

A seguir, alguns exemplos de como melhorar a produtividade e reduzir o custo na indústria.

Aumento da eficiência operacional

A Indústria 4.0 permite que as empresas automatizem processos e coletem dados preciosos das operações em tempo real.

Melhoria da qualidade

Com os recursos da Indústria 4.0, as empresas podem monitorar simultaneamente a qualidade dos produtos e tomar medidas corretivas imediatas em caso de problemas.

Personalização em massa

Outro fator que colabora com a expansão da capacidade produtiva é a flexibilidade – os recursos tecnológicos transformam linhas de produção rígidas em células de fabricação flexíveis, possibilitando a produção personalizada e atendendo à demanda de clientes por produtos customizados sem perder a velocidade e a eficiência.

Manutenção preditiva

Com a adoção da Indústria 4.0, os equipamentos são monitorados constantemente a fim de prever falhas antecipadamente.

Automação da mão de obra

Na Indústria 4.0, as empresas usam tecnologias como robótica e automação para reduzir custos de mão de obra.

Melhoria na segurança

O monitoramento do chão fabril em tempo real envolve também a segurança dos funcionários e dos equipamentos. Assim, é possível prevenir acidentes e proteger a saúde e a segurança dos trabalhadores.

Adaptabilidade a mudanças: agilidade e flexibilidade

A Indústria 4.0 permite que as empresas se adaptem rapidamente às mudanças nas demandas dos clientes e nas condições do mercado devido à automação e aos dados coletados em tempo real.

Avanço da sustentabilidade

Reduzir desperdícios, identificar perdas e otimizar o uso de energia e outros recursos a partir da adoção das tecnologias mais eficientes da Indústria 4.0 colabora com a diminuição do impacto ambiental, tornando a empresa mais sustentável – um índice valioso para políticas ESG.

Esses são apenas alguns exemplos dos muitos benefícios que a quarta revolução industrial pode oferecer às empresas.

E você, o que está fazendo para melhorar sua produtividade e reduzir os seus custos?

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Esse artigo tem partes extraídas das fontes abaixo:

– Produtividade do trabalho no Brasil: uma análise dos resultados setoriais desde meados da década de 1990 – IBRE / FGV – Abril 2022

– What is productivity? – McKinsey – Fevereiro 2023

– Como atingir maior produtividade e redução de custos com a Indústria 4.0 – PPI Multitask – Março 2023

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