As embalagens de papelão se tornaram muito mais que uma embalagem tradicional, atualmente se tornaram soluções inovadoras com novos designers, múltiplas aplicações, em diversos setores, e têm o potencial de substituir materiais derivados de fontes fósseis, respeitando o meio ambiente e protegendo o produto. A certificação da madeira utilizada na produção de celulose é uma maneira de informar que o produto segue os critérios ambientais corretos. Os sistemas de certificação são a norma ISO 14001 e a certificação FSC (Forest Stewardship Council). O objetivo do FSC é promover o manejo florestal sustentável globalmente. O selo FSC, quando presente no produto, indica que a floresta de onde a madeira foi extraída está sendo manejada de acordo com todas as normas legais e de forma adequada sob os aspectos ecológico, social e econômico. Este selo é impresso na embalagem do produto, informando ao consumidor sobre as normas e práticas sustentáveis seguidas durante a produção.
A celulose é um dos materiais que compõem as células das plantas, formada por moléculas de glicose unidas por ligações de hidrogênio, a estrutura dessa substância é organizada em feixes, produzindo as fibras que ganham diversas funcionalidades. Sua extração é comumente realizada a partir das fibras de árvores de eucalipto, pinus, algodão e bambu, entre outras fontes vegetais. No contexto brasileiro, a produção de celulose desempenha um papel importante na economia nacional, contribuindo para o Produto Interno Bruto (PIB) do país. Cada produto possui um aspecto único e uma utilização especial, existem 3 tipos principais utilizadas pelas industrias de papel e celulose: as de fibra curta (eucalipto); fibra longa (pínus) e a celulose fluff.
Celulose de fibra curta – Com comprimento de 0,5 a 2 milímetros, a celulose de fibra curta é encontrada nas árvores folhosas, como o eucalipto, de onde são derivados produtos de papéis mais finos, são mais utilizadas para a produção de papéis para impressão e os papéis tissue (papel higiênico, toalhas de papel e guardanapos). Possui resistência inferior as demais, porém alta maciez.
Celulose de fibra longa – A celulose de fibra longa é extraída das árvores de coníferas, como o pínus, que têm filamentos que variam entre 2 e 5 milímetros. Ela é especialmente usada na produção de materiais de maior resistência, como os sacos de papel e o papel cartão;
Celulose fluff – A celulose fluff também é fabricada a partir das fibras longas do pínus. Tem características especiais, como capacidade de absorção e retenção de líquidos e normalmente são utilizadas na produção de absorventes, fraldas, lenços umedecidos e vários outros produtos higiênicos.
Inicialmente, as embalagens de celulose eram limitadas a aplicações básicas, como caixas de papelão e sacos para transporte de produtos. No entanto, com a crescente demanda por alternativas ao plástico, avanço das tecnologias e o aumento da conscientização ambiental, o setor desenvolveu embalagens que vão além da função tradicional, evoluindo de simples caixas e sacos para soluções inteligentes e multifuncionais. Essas inovações incluem embalagens inteligentes que não apenas substituem o plástico, mas também oferecem funcionalidades adicionais, como a reutilização e a adaptação a diferentes contextos de uso.

É incontável a utilização do papelão no dia a dia, exemplos são: sacos para transporte de grãos, ração, produtos químicos, minérios e fertilizantes, caixas de transporte de bebidas, hortifruti, mesas e cadeiras de papel também já são uma alternativa de uso, assim como brinquedos para crianças também podem ser criados, sendo um produto inovador que vai além da imaginação.
Essencial que as embalagens em contato com alimento, como as caixas de pizza e os copos de papel, devem possuir certificação para contato com alimento, garantindo sua segurança e conformidade. Para atender a essa funcionalidade, as embalagens têm incorporado produtos que criam barreiras contra a migração de gorduras na embalagem. Além disso, para substituir os copos plásticos, há um esforço contínuo para desenvolver copos 100% biodegradáveis e sustentáveis que não comprometam o desempenho em comparação com os plásticos convencionais. No contexto das embalagens para freezer, a resistência a baixas temperaturas e a capacidade de manter a embalagem fechada durante o transporte são fundamentais para um bom produto. Estas embalagens passam por testes rigorosos para garantir sua eficácia, evitando problemas como a abertura do material durante o transporte e manuseio.
Além disso, uma embalagem inteligente e sustentável foi desenvolvida para linha de vernizes à base de água, feita com papelão ondulado, 100% reciclável e de fácil manuseio, evita vazamento e desperdício de produto. Projeto desenvolvido entre Suvinil com parceria Klabin.

O setor de contrução civil também tem benefícios com a inovação, por exemplo: saco dispersível para a produção do cimento, basta colocar o saco fechado na betoneira, acrescentar areia, brita, água e misturar até que a embalagem se disperse e se integre ao produto final, mantendo a qualidade do concreto., ou seja a embalagem é integrado ao processo no momento da preparação do concreto, tornando esse tipo de embalagem sustentável, pois há zero descarte. A inovação traz mais produtividade para as fábricas de artefatos de concreto e está alinhada às diretrizes de sustentabilidade da Votorantim Cimentos e Klabin.
O papel colmeia é um material de embalagem inovador que se destaca por sua estrutura única e suas propriedades excepcionais. Ele é caracterizado por uma rede de células hexagonais ou em forma de “V” que formam uma estrutura semelhante a uma colmeia de abelha. Essa configuração é criada a partir de camadas alternadas de papel que são coladas para formar uma estrutura. A configuração em colmeia oferece uma resistência estrutural significativa. A distribuição uniforme das forças ao longo da estrutura permite que o papel suporte cargas pesadas e absorva impactos, tornando-o ideal para embalar produtos frágeis e vem como uma alternativa sustentável para a substituição do plástico bolha.

A indústria de celulose e papel tem mostrado um avanço notável, transformando as embalagens de simples em soluções multifuncionais e inteligentes. Sua utilização tem se mostrado ainda uma aposta promissora na substituição de materiais de origem fóssil e não-renováveis, como o plástico. A maior utilização de sacolas, embalagens e copos de papel por parte das pessoas são exemplos desse movimento de conscientização em busca de matérias-primas mais sustentáveis. O desenvolvimento contínuo em otimização de embalagens, design e tecnologia é fundamental para atender às necessidades crescentes de sustentabilidade e funcionalidade. Hoje em dia, uma embalagem de celulose não é apenas um meio de proteção, mas uma oportunidade para explorar um universo de possibilidades, refletindo a criatividade.
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Por Leticia Rodrigues