Sabemos que a Pandemia mudou a forma das empresas se relacionar, seja com os parceiros, clientes, fornecedores ou colaboradores. O fato é que essas mudanças geram impactos em todo mercado de trabalho e a indústria química, obviamente, também não está isenta dessas mudanças. Quando falamos dos impactos de pandemia no trabalho, muitos pensam que estamos falando apenas de modelos de trabalho a distância, coisa que no geral, não é uma realidade possível para o chão de fabrica da maioria das industrias, no entanto, ainda assim, se pararmos para observar muitas mudanças já vem ocorrendo.
Uma pesquisa da PricewaterhouseCoopers – PwC com 5.506 jovens no mercado de trabalho americano, sugere que os jovens trabalhadores são a geração mais propensa a se preocupar com o impacto da tecnologia em seu trabalho.
A pesquisa mostra um quadro de polarização entre os jovens que possuem habilidades altamente valorizadas no mercado de trabalho e aqueles que não possuem.
Apenas 42% dos jovens que têm pouca oferta de habilidades dizem que estão vendo seu empregador requalificando ativamente os trabalhadores para preencher as lacunas de habilidades. Como a comunidade empresarial pode abordar esta questão?
O que os jovens pensam sobre habilidades? A medida que a maior geração de jovens da história começa a entrar no mercado de trabalho, essa questão nunca foi tão importante. E, no entanto, embora haja um impulso crescente no setor público e privado em torno da necessidade de fortalecer a oferta de habilidades, os jovens geralmente não estão à mesa. O impulso global para a parceria público-privada em torno da qualificação é extremamente positivo, mas isso é algo que precisa ser feito com os jovens, não apenas para eles.
Estamos vivendo uma transformação fundamental na forma como trabalhamos. Automação e “máquinas pensantes” estão substituindo tarefas e empregos humanos e mudando as habilidades que as organizações procuram em seu novos profissionais. Essas mudanças momentosas levantam enormes capacidades organizacionais, de talento e desafios de RH – em um momento em que os líderes de negócios já estão lutando com riscos sem precedentes, perturbações e convulsões políticas e sociais.
As organizações não podem proteger os empregos que são despedidos pela tecnologia – mas eles têm a responsabilidade social. Proteja as pessoas e não os empregos. Cultive a agilidade, adaptabilidade e requalificação.
As forças que moldam o futuro do trabalho nos pedem para considerar as maiores questões da nossa idade. Que influência terá a marcha contínua de tecnologia, automação e inteligência artificial (IA), onde trabalhamos e como trabalhamos? Qual é o nosso lugar em um mundo automatizado?
Muitos profissionais se concentram na tecnologia e no papel que a automação deverá ter nos empregos e no local de trabalho.
Acreditamos que a história real é muito mais complicada. Isso é menos sobre inovação tecnológica e mais sobre a forma em que os humanos decidem usar essa tecnologia. A forma que a força de trabalho do futuro assumirá será o resultado de forças complexas, mutáveis e concorrentes. Alguma dessas forças são certas, mas a velocidade com que elas irão se desdobrar pode ser difícil de prever. Regulamentos e leis, os governos que as impõem, amplas tendências de consumo, o sentimento do cidadão e do trabalhador influenciará a transição em direção a um local de trabalho automatizado. O resultado desta batalha determinará o futuro do trabalho em 2030.
Quando tantas forças complexas estão em jogo, as previsões lineares são muito simplistas. Empresas, governos e indivíduos precisam estar preparados para uma série de possíveis, mesmo aparentemente improvável, resultados.
As megatendências são as forças tremendas que remodelam sociedade e com ela o mundo do trabalho: as mudanças econômicas que estão redistribuindo poder, riqueza, competição e oportunidade em todo o mundo; as inovações disruptivas, pensamento radical, novos modelos de negócios e escassez de recursos que estão impactando todos os setores. As empresas precisam de uma clareza de propósito para atrair e reter funcionários, clientes e parceiros na próxima década.
Agilidade e velocidade são essenciais. As grandes empresas foram superadas em um mundo habilitado para digital que está repleto de pequenas empresas empreendedoras. O ritmo de desenvolvimento e teste de novos produtos e serviços acelerou e a cada dia iremos experimentar novos produtos e serviços.
Na indústria química não é diferente, vivemos um grande boom no pós guerra com desenvolvimento de novas moléculas e produtos, muito do que utilizamos atualmente foi criado para atender outras necessidades e adaptadas para nossa realidade atual, mas agora estamos vivendo uma nova era, onde os produtos são desenvolvidos para atender necessidades específicas e para resolver problemas do cotidiano, de forma prática, sustentável e colaborativa, utilizando todo ferramental existente.
E na indústria de tintas, como estamos ?
Precisamos entender como os processos de inovação, transformação digital, digitalização e indústria 4.0 poderão contribuir para a consolidação da melhoria da qualidade, iniciada 20 anos atrás através da implementação do PSQ – Programa Setorial da Qualidade, e agregar valor nos produtos, tornando o 5° maior produtor de tinta do mundo num setor mais rentável e sustentável. O Brasil ainda tem um dos menores preços por litro, isso acaba pressionando as margens para baixo e dificultando os investimentos em novos produtos e também na atualização do parque industrial.
O momento é muito oportuno para revisitar os processos, considerando as oportunidades e tecnologias disponíveis como a digitalização, IoT dentre outras, com foco em produtividade, requalificar e preparar os colaboradores para os desafios das próximas décadas.
Por fim, deixo para reflexão um vídeo do Bruno Perini gravado em 2019 e que conversa com as reflexões deixadas aqui, precisamos seguir aprendendo.
“Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças. (Charles Darwin)
Fez sentido para vocês? Deixem um comentário para trocarmos uma ideia, e se você ainda não é inscrito na Newsletter da W2S não deixe de se inscrever para continuar recebendo esses textos e reflexões!
Forte Abraço e até a próxima!