O Brasil tem produtividade muito abaixo dos países desenvolvidos.

Estamos fora do círculo dos países mais produtivos do mundo. Nossa baixa produtividade custou à indústria R$ 500 bilhões em 2022. O valor corresponde ao que seria um acréscimo de 5,6% no PIB, de acordo com um levantamento da Cogtive, startup que ajuda indústrias a aumentar a eficiência das linhas de produção. Não tem a ver com preguiça ou com as pausas para o cafezinho (embora sim, isso até pode ter alguma influência na sua produtividade pessoal). A questão é maior, ainda que parte dela esteja ligada a pessoas.

Um brasileiro leva uma hora para fazer o mesmo produto ou serviço que um norte-americano faz em 15 minutos – e um alemão ou coreano, em 20 minutos. Entre os principais fatores que explicam a produtividade baixa local estão a complexidade do sistema tributário, que influencia investimentos, além da falta de infraestrutura para abrir e desenvolver negócios e, com isso, levar as organizações a um patamar mais alto.

Um levantamento feito pela consultoria McKinsey mostrou, no entanto, que a transformação digital encabeça as práticas adotadas pelas empresas mais produtivas do mundo, com as quais devemos aprender.

Investimentos em automação e mudanças em processos através da digitalização, podem levar empresas a driblarem problemas macroeconômicos e contribuir para a sustentabilidade do negócio.

O segmento de tintas, como qualquer outro setor, é afetado por questões de produtividade, ambientais, sociais e de governança (ESG). Aqui estão algumas maneiras pelas quais esses fatores estão relacionados no segmento de revestimentos:

Produtividade e Bem-estar: Saúde e segurança ocupacional é um aspecto crítico de qualquer indústria, incluindo tintas. Proporcionar um ambiente de trabalho seguro para os funcionários é essencial para garantir a produtividade e a eficiência no local de trabalho. Quando os funcionários estão saudáveis e seguros, é mais provável que eles sejam motivados, engajados e produtivos.

ESG e Produtividade: Nos últimos anos, tem havido um crescente reconhecimento da importância dos fatores ESG na tomada de decisões de negócios. As empresas que priorizam questões ESG podem obter benefícios como melhor reputação, risco reduzido e maior acesso ao capital. Ao tomar medidas para melhorar seu desempenho ESG, as empresas de tintas também podem aumentar sua produtividade tornando-se mais eficientes, reduzindo o desperdício e otimizando suas cadeias de suprimentos.

ESG e saúde ocupacional: os fatores ESG também estão intimamente relacionados à saúde e segurança ocupacional. As empresas que priorizam as preocupações ESG tendem a ter melhores condições de trabalho e locais de trabalho mais seguros, o que pode ter um impacto positivo na saúde dos colaboradores. Ao implementar indicadores de um sistema ESG, como reduzir as emissões de carbono, usar produtos químicos mais seguros e investir em treinamento e desenvolvimento de funcionários, as empresas de tintas podem melhorar os resultados de saúde ocupacional de seus colaboradores.

À medida que a fabricação se torna mais automatizada ou dependente de tecnologias robóticas, as pessoas ficam mais interessadas em como esse progresso pode melhorar a preparação da tinta. Opções em equipamentos de mistura e envase de tinta de alta tecnologia ajudam as empresas a aprimorar seus processos.

A maioria das mais novas máquinas acionadas por automação também são especialmente projetadas para lidar com alguns pontos problemáticos comuns associados à fabricação industrial. Por exemplo, os misturadores de tinta podem ter bombas autolimpantes e ferramentas de análise de dados que os acompanham, ou oferecer uma precisão muito melhor do que as máquinas usadas décadas atrás. Aqui estão alguns benefícios notáveis do uso de equipamento avançado de mistura de tinta e enchimento.

Redução dos riscos à saúde dos trabalhadores

Especialistas em saúde geralmente concordam que os riscos de vapores de tinta são baixos para pessoas que são expostas a eles apenas ocasionalmente, como ao realizar uma pintura em casa. No entanto, é uma história diferente para aqueles que trabalham com fumaça de tinta.

Apoiar a inovação do produto

Os fabricantes da indústria de tintas e revestimentos sabem da importância de lançar regularmente produtos novos e inovadores para atender aos requisitos precisos dos clientes. Um exemplo recente é quando a PPG lançou um revestimento em pó retrorrefletivo para bicicletas. A fórmula avançada apresenta esferas de vidro embutidas que refratam a luz e a retrorrefletem de volta para os motoristas de veículos, tornando os ciclistas mais visíveis.

Ter sucesso na indústria de tintas significa atender a clientes com diversas necessidades.

A fabricação de tintas é mais complicada do que muitas pessoas fora do setor imaginam. Por exemplo, fazer uma tinta envolve misturar pigmentos de grão fino com resina para umedecê-los. Em seguida, os fabricantes adicionam pelo menos um solvente e os aditivos necessários. Outras etapas seguem para dispersar o pigmento e garantir que a tinta saia na cor desejada.

Sensores inteligentes ajudam fabricantes em todo o mundo melhorando os recursos de rastreamento de ativos. Equipamentos automatizados de mistura e preenchimento de tinta podem oferecer benefícios semelhantes, evitando o desperdício e permitindo o uso preciso dos recursos. Assim, fica mais fácil para os fabricantes calcular quantas matérias-primas precisam para cobrir as operações comerciais por mês, trimestre ou outro período definido.

Quando os processos são em sua maioria manuais e sujeitos a tal variabilidade, os fabricantes podem utilizar mais recursos do que o necessário para fabricar seus produtos.

Essas vantagens são algumas das muitas razões pelas quais os executivos da área deveriam investir mais em equipamentos de envase de alta tecnologia e soluções de mistura automatizadas ou robóticas.

Em resumo, existe uma estreita relação entre produtividade, ESG e saúde ocupacional no segmento de tintas. Ao priorizar esses fatores, as empresas podem criar um local de trabalho mais seguro e sustentável, melhor para os colaboradores, clientes e meio ambiente.

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Digitalização faz empresas driblarem baixa produtividade

https://bnp.dragonforms.com/PCIeMagazineSubscription?pk=X_W_ARTCL By Emily Newton, Editor-in-Chief, Revolutionized Magazine